domingo, 31 de janeiro de 2010

Continuação do 8º dia


Fenda de 17 Km no Altiplano


Que não bata um vento agora


Mais uma pane seca, e eu ainda sirvo de mototanque, com 6 litros na carga


Cidadezinha parece de lego, Quebrada Acha, espetacular


Pensei em ganhar um dinheiro, mas não gosto de explorar ninguém

Bom, eu sei que tô meio atrasado com as postagens, mas o dia que fizerem uma viagem como a que estamos fazendo entenderão o significado da expressão “sem tempo nem pra se coça”.
Agora sem brincadeira os dias estão cada vez reservando mais surpresas, cada curva da estrada é algo novo que está por vir. Quando saímos de São Pedro, sabia que já estava no lucro com esta viagem, pois o que tinha visto até então me sobrava como recompensa.
Esta é a parte boa de uma viagem longa como esta, pois quando deixamos São Pedro, e andamos até o Pacífico, já deu pra ter uma idéia do contraste que tinha até ali e sabia que muito mais estava por vir.
Pois não é que quando me dei conta estava dentro de um lugar que mai parecia o Paraguai que o Chile. Pra quem gosta de bugiganga é um prato cheio, eu como estava procurando somente pneu pra moto, achei uma porcaria, pois encontramos apenas um modelo de pneu que nos atendia, porém era muito trail, e deixaria a moto com mais ruído e vibração ainda.
Voltamos para o centro e quando fomos buscar as motos no estacionamento havia um chileno com uma tornado, perguntei onde tinha pneus como os da moto dele e me recomendou a ZOFRI INTER RUEDAS , peguei a moto e avisei o Carlão que iria até lá para ver se tinha mesmo, porém quando cheguei na frente da loja a surpresa, só abria as 16 horas e eram pouco mais de 13. Voltei ao hotel e avisei o povo, que concordou em esperar, mesmo sem certeza de encontrarmos os pneus. Quatro da tarde em ponto estávamos na frente da loja, mas a sorte foi pouca, pois só achamos um pneu um pouco mais biscoitudo que o nosso, e deixei para o Vilson, pois o dele ta bem pior que o meu.
Partimos, então, da loja mesmo para Arica.
Outra surpresa, como no meio do deserto se constrói cidades tão bonitas? E isso que chegamos já era noite. Bom mas antes vai falar da viagem em si. Saímos de Iquique, no nível do mar e subimos até o altiplano dos Andes, que maravilha, kms e kms de deserto que se tivesse água sem duvida seria uma área perfeita para uma lavoura de arroz.
Passamos ainda, por uma tal Cuesta Chiza, uma falha no altiplano com 17 km de largura, surpreendente. Poucos Km antes de Arica, já na descida da cordilheira, uma cidade criada no leito de um rio, no meio da areia do deserto, fantástico!
Chegando em Arica, fomos buscar informação da localização do hotel, surge uma motoca em nosso lado, um brasileiro, aliás gaúcho de Porto Alegre, chamado Osmar, que já está no Chile faz 14 anos, já morou em Santiago, Iquique, Antofagasta e agora estava em Arica e fez questão de nos guiar até o hotel, nos deixou na frente e foi presenteado com uma camiseta do projeto.
Quando estávamos abastecendo no posto em frente ao hotel, surge outro brasileiro, Francisco, que pelo jeito está rodando a América toda atrás de cursos de medicina, já tentou na Bolívia, no Chile, e por ai a fora, nos deu dicas legais da Bolívia e das aduanas, que falarei depois.
Abraço a todos

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