domingo, 31 de janeiro de 2010

10º Dia Putchacamaca - Puno 310 Km, mais duas aduanas

Hoje o dia começou bem, pagamos pouco no hotel tomamos um bom café da manhã e melhor o dia estava sem chuva, embora bastante frio.
Saímos do hotel e andamos uns 10 km até um posto de combustível, enchemos os tanques das motos e do galão extra que vai na camionete.
Chegamos a La Paz e conforme fomos advertidos pelos nossos amigos que deram dicas na fronteira, a parte que chegaríamos a La Paz, na verdade não é La Paz e sim um amontoado de favelas, com um milhão de pessoas, a capital tem outro tanto, mas segundo eles é muito mais bonita e mais quente, que quando se for a capital deve-se ir para a zona sul, que é mais baixa, logo quente e mais bonita. No entanto nosso destino não era La Paz e sim Puno no Peru, na margem do Titicaca.
O pouco que vi de La Paz, que na verdade quero acreditar que aquilo não era a capital, me fez arrepiar, uma desorganização, transito nem se fala, um monte de policiais tentando por alguma ordem naquilo e olha que hoje é domingo, não quero nem ver dia de semana. O detalhe é que em todo o trajeto dentro de La Paz, não vimos uma única placa de informação, nenhuma mesmo, só conseguimos nos achar perguntando.
Passamos por isso sem mais atrapalhos, quando chegamos na estrada para Puno, poucos Km após La Paz, um pedágio onde todos devem pagar, inclusive motos, pagamos e seguimos para a fronteira, que neste ponto se chama Desaguadero.
Quando estávamos quase na fronteira um controle policial nos fez parar, lembram do livro do Bolívar, pois é outro do mesmo tipo, anotações tal e adivinhem? Mordida, quando terminou pediu 10 bolivianos por cada um, de pronto respondi que não, que não era obrigado ou que ele me desse recibo e disse que em Tambo Quemado, onde entramos na Bolívia, tinha pago 10 bolivianos pelos quatro veículos. Conversa vai, conversa vem um breve diálogo entre eles e3 fechamos em 20 bolivianos, valeu a pechincha.
Um pouco antes da policia, foi possível avistar o Titicaca, confesso que me emocionei, quase tanto quanto com o Glaciar Perito Moreno, da viagem a Patagônia e Terra do Fogo, pois me lembro dos livros de historia, acho que lá pela 8ª série que falava no Titicaca o lago navegável mais alto do mundo e agora aqui estou eu, que privilegio.
Na fronteira mais complicação, se entrar na Bolívia é difícil, sair então...
Primeiro fomos pela estrada até o ponto onde estava a aduana, estranhei que só havia caminhões parados, mas como era domingo seguimos.
Ao perguntar ao agente o devíamos fazer ele disse que não era ali e que tínhamos que retornar ao povoado, pois alia era aduna só de cargas, bom voltamos, quando chegamos à dita fronteira, fizemos a imigração, que sempre é rápida, portanto se vier de ônibus não terá problema, e fomos à aduana para os tramites dos veículos. Ao chegarmos o agente com toda disposição do mundo disse que não era ali e como era sábado era na estrada, onde acabamos de sair, argumentei com ele, que tinha ido lá e que seu colega tinha me mandado ali não adiantou nada, tivemos que voltar.
Cheguei lá eu já estava p da cara, o cara manteve e disse que era lá, porem ficou com nossos papéis e disse que agora estava tudo certo, que podiam sair da Bolívia.
Quando estávamos quase na ponte outra barreira policial e o guarda ainda querendo ser bacana falando de futebol e tal, mas eu já estava vendo onde tudo ia parar. Quando ele nos disse para ir até a sala carimbar recibos de pedágio e fazer registro, prontamente disse que não, que havíamos feito registra a poucos metros atrás na policia do povoado e que não pagaríamos de novo, não fez o tal registro e nos deixou passar.
No lado do Peru, a única coisa foi à demora mesmo, mas no resto foi normal, aproveitamos para fazer cambio e seguimos.
Após isto a viagem foi quase toda margeando o lago com visuais lindos, os primeiros 80 Km foram ótimos, porém a partir daí a estrada parece que terminou, o pouco asfalto que restava era só para a possibilidade de um buraco a mais, baixamos a velocidade e seguimos.
Chegamos à cidade e estava tendo uma festa em homenagem a padroeira, todos vestidos com roupas típicas da região, tocando flautas e tambores, lindo de se ver, porém como estávamos seguindo um carro da policia que estava nos levando até o hotel, não pude parar para tirar fotos.
Prometo que amanhã, ou no mais tardar depois de amanhã posto outras fotos, pois amanha cedo vamos as Ilhas Flutuantes dos Urus, um povo que vive nestas ilhas feitas de totora, uma espécie de junco que existe na margem do lago.
Até breve.

2 comentários:

  1. Graciano, cuidado nos buracos.
    Tenho acompanhado e esta bem legal a aventura.
    PAra nos que ficamos vendo fotos e relatos já é bom ficamos imaginando como deve ser a sensação de estar ai.
    Um grande abraço a todos e parabens.
    Roger

    ResponderExcluir
  2. Vamos lá parceiro. Mais que as fotos, que os relatos, que os vídeos a experiência da viagem cristaliza na gente um sabor que só quem passa por isso sabe com é. Overdose é pouco, e ainda não acabou. Estou acompanhando de perto e muito feliz pelos momentos que vocês estão vivendo. Abraço e te cuida.
    Sílvio

    ResponderExcluir